INTRODUÇÃO
2. Nabucodonosor precisou ficar louco para ser convertido. Foi salvo porque humilhou-se diante de Deus. Mas, Belsazar, apesar de tantos exemplos e advertências continuou no caminho da desobediência e morreu sem chance de arrependimento.
3. Deus oferece ao homem muitas oportunidades para arrepender-se. Convida-o insistentemente a se voltar para ele e o persuade. Mas se o homem continua no pecado, ele cruza essa linha invisível e então, perece inapelavelmente.I. UM HOMEM QUE DESPERDIÇOU TODAS AS SUAS OPORTUNIDADES – V. 22
• Belsazar era da família real. Seu pai ou avô, Nabucodonosor foi convertido a Deus. Ele presenciou todos os acontecimentos relatados nos capítulos 1-4 de Daniel. Ele devia ter a idade de Daniel. Ele viu o testemunho da Daniel e de seus amigos. Ele viu como Deus libertou os amigos de Daniel da fornalha. Ele viu como Nabucodonosor foi arrancado do trono para tornar-se um animal, até que seu coração foi humilhado e convertido.
• Belsazar foi um homem que viu Deus tratando de modo pessoal com alguém próximo a ele. Sabia o que era conversão. O verdadeiro Deus fora louvado e adorado no palácio que agora ele ocupava, como rei.
• Belsazar conviveu com testemunho fiel a respeito de Deus, mas tapou seus ouvidos, fechou seus olhos e endureceu seu coração.
• Deus deu um ano para Nabucodonosor arrepender-se, mas a Belsazar cruzou a linha da ira de Deus naquela mesma noite e pereceu. Viver no pecado é loucura. Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo.
• A impiedade produz perversão. O desprezo do conhecimento de Deus, leva o homem a uma vida dissoluta moralmente. Belsazar conhecia a verdade, mas não foi dirigido por ela. Ele conhecia a verdade, mas a rejeitou deliberadamente para viver regaladamente em seus pecados.II. UM HOMEM QUE SE ENTREGOU AOS PRAZERES CARNAIS À BEIRA DO ABISMO – V. 1-4,30
• Naquela noite, o rei Dario estava desviando o curso do rio Eufrates, e marchando pelo leito do rio para entrar na inexpugnável cidade para tomá-la.
• O império estava caindo e o rei estava banqueteando. Aquela era a sua última noite, e o rei estava se embriagando.
• Ele estava fazendo uma festa nababesca no dia mais fatídico da sua vida. Quanto maior a festa, maior a glória do festeiro. Eles querem diversão e prazeres.
• A maior cidade do mundo estava sendo tomada e o rei e os nobres estavam bebendo e se divertindo. Eles estavam à beira de um abismo e não estavam se apercebendo.
• Muitas pessoas também não se apercebem do risco que correm. Estão à beira da morte, nas barras do juízo de Deus e continuam anestesiadas pelos seus pecados.
• Outro erro do rei foi o abuso da bebedeira. A bebedeira é um espetáculo indigno que produz conseqüências desastrosas. Quem bebe está soltando os freios do domínio próprio à beira do um abismo: acidentes de trânsito, delitos sexuais, adultérios, assassinatos têm muitas vezes sua origem no álcool.
• O rei deu uma grande festa. Gostava de pompa. Vivia para o prazer. Usava o poder apenas para corromper-se e deleitar-se no pecado. Era a festa dos excessos. Era a festa da embriaguez.
• Onde as pessoas se entregam à bebedeira, não há bom-senso nem equilíbrio. O caminho da embriaguez é o caminho da ruína. A estrada da embriaguez é a estrada da vergonha, da derrota e da morte.
• O rei além de se entregar à embriaguez, dá mais um passo na direção da sua ruína. Ele manda trazer os vasos do templo para profaná-los de forma estúpida e infame. Profanar as coisas de Deus é um grave pecado. Usar os vasos do templo, consagrados para o culto ao Senhor, numa bacanal foi uma terrível ofensa à santidade de Deus.
• O rei estava zombando de Deus, escarnecendo das coisas de Deus, e insolentemente abusando do povo de Deus.
• A cena é de desprezo ao Deus do céu, o Deus a respeito de quem Belsazar ouvira desde a meninice, e de rejeição ao testemunho que recebera. O rei coloca os vasos do templo do Senhor nas mãos dos seus convidados e lidera a orgia. Escarnecem do sagrado e exaltam o profano.
• Além de profanar as coisas de Deus, o rei ainda usa os vasos do templo para louvar suas falsas divindades. A idolatria é um pecado ofensivo a Deus. A idolatria é uma expressão de profunda cegueira espiritual. Ela provoca a ira de Deus.III. UM HOMEM QUE FOI SOLENEMENTE PERTURBADO PELO DEDO DE DEUS – V. 5-9
• Enquanto eles celebram aos seus deuses, bebendo vinho nos vasos do templo do Senhor, no mesmo instante, aparecem uns dedos escrevendo na parede. O ruído dos copos e das taças cessou. A conversa emudeceu. As mãos ficaram imóveis. Em poucos segundos todo o ambiente estava transformado.
• A alegria acaba. A festa termina. O desespero toma conta de todos. O rei empalidece. Seus joelhos batem um no outro. A alegria do pecador dura pouco.
• Num piscar de olhos, tudo terminou para o monarca arrogante. Deus anotou todos os seus pensamentos, palavras e obras. Agora, encontra-o e apresenta-lhe a conta!
• Se já uns dedos, escrevendo silenciosamente umas poucas palavras, causaram tão grande pavor, como então se sentirão os pecadores quando virem o Senhor em toda a plenitude da sua glória e ouvirem a sua voz proferindo a terrível sentença: “Apartai-vos de mim malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos”.
2. Deus confunde os sábios do mundo com os seus mistérios – v. 7-8
• O rei busca uma explicação para a misteriosa aparição nos sábios da Babilônia. Mas eles são impotentes. Eles não podem discernir as coisas espirituais. A sabedoria humana não pode ajudar um homem aflito, em rebelião contra Deus.
• Daniel é um homem diferente. Ele tem luz, inteligência, sabedoria e espírito excelente. Belsazar não o quis ouvir durante os dias da sua vida, agora precisa ouvi-la na hora da sua morte.
• Daniel é um homem insubornável. Ele não faz a obra de Deus por dinheiro. Ele não vende seu ministério. Ele busca favores dos poderosos deste mundo. Ele rejeita os presentes do rei. Daniel não procurava recompensa ou favores.IV. UM HOMEM QUE FOI FORTEMENTE CONFRONTADO PELO PROFETA DE DEUS – V.18-23
• Foi Deus quem deu o reino, grandeza e poder a Nabucodonosor (v. 18). A grandeza da Babilônia não era conquista dos seus reis, mas dádiva de Deus. Nabucodonosor demorou muitos anos para entender isso. Mas seu filho, ainda não está reconhecendo. E por isso é confrontado.
• Quanto mais luz temos, mais responsáveis somos. Ele viu o que aconteceu com o rei Nabucodonosor, indo comer capim com os bois, porque endureceu sua cerviz. A despeito de tantos exemplos, esse rei ainda mantém seu orgulho, soberba e incredulidade.
• O rei está tão cego que ainda não consegue enxergar sua ruína. Faz promessas aos sábios da Babilônia (v. 7) e a Daniel (16) que não pode cumprir. Ele ainda pensava que podia honrar aqueles que prestassem favores e nem sabia que naquela noite morreria e seu império estaria nas mãos de outro rei.
• Belsazar foi condenado por seu orgulho. Aquele que não adora a Deus, adora a si mesmo e outros deuses.
• O conhecimento das coisas de Deus nos torna responsáveis. O rei pereceu não por falta de luz, mas por cegueira deliberada. Ele morreu não por ignorância, mas por rebeldia.
4. Porque afrontou a Deus em cujas mãos estavam a sua vida – v. 23
• Ele profanou os vasos do templo.
• Ele deu louvores aos deuses de ouro e pedra, e não exaltou a Deus, em cujas mãos estava a sua vida. A idolatria é uma afronta a Deus. É levantar-se contra o Senhor.V. UM HOMEM QUE FOI CONDENADO NO TRIBUNAL DE DEUS – V. 24-31
• No meio da orgia altiva e desregrada, move-se uma silhueta escura. São dedos que escrevem quatro palavras. Quatro palavras que confrontam todos os festeiros. Quatro palavras que põem a baixo do rei e seu reino.
• A parede real parece a lápide de um túmulo, e todos viram o epitáfio sendo gravado nela: MENE, MENE, TEQUEL E PARSIM (v. 25).
• MENE, MENE trata de uma repetição de ênfase. Os dias de Belsazar estavam contados. Deus decidiu trazer o fim do seu reino. O período do seu governo havia terminado. Durante todos aqueles anos, Deus lhe deu oportunidades, mas ele se recusou. Agora Deus diz: Basta! Acabou! (v. 26).
• TEQUEL – Deus pesou cada ato da sua vida. Ele tomou notas das oportunidades que ele rejeitara desde a sua juventude. Anotou todos os convites que ele desprezara.
• Deus escreveu, então, na parede o seu epitáfio. Seus pecados ocultos e conhecidos, suas desordens e bebedeiras, sua rejeição às coisas santas e resistência às coisas espirituais foram todos pesados na balança de Deus. Deus pesou o seu orgulho e sua soberba.
• Deus pesou tudo na balança. Ponderou sua vida do princípio ao fim. E o achou em falta!
• Uma vez que Deus não julga imediatamente, os ímpios concluem que não o fará de modo algum. Porém, ele pesa em sua balança toda zombaria e afronta. Nada é esquecido. Ele registra todos os convites para vir a Cristo que foram rejeitados. Anota cada desprezo à sua ordem de arrependimento. Deus tem cada ação do homem gravada no céu. Deus registra tudo.
• PARSIM – PERES – Peres quer dizer dividido. O seu reino seria dividido e destruído. Isso aconteceu pelo poder dos medos e dos persas. O mesmo Deus que dera o reino a Nabucodonosor (v. 18), agora o dará aos medos e aos persas (v. 28).
• E não foi somente aquele reino que Belsazar perdeu. Ele perdeu também o reino de Deus. O rei atravessou a linha divisória da paciência de Deus. Tudo que agora o espera é “certa expectação horrível de juízo e fogo vingador” (Hb 10:27).CONCLUSÃO
• Belsazar não aproveitou a sua última oportunidade. No momento em que Deus fez a sua chamada final ele estava bêbado. Ai dos que deixam passar as oportunidades. Naquela mesma noite Belsazar morreu e chegou ao fim um reino que 70 anos havia dominado a maior parte do mundo conhecido.
• Não sabemos quando Deus dirá a alguém: “Mais um pecado, e será o último. Então a escrita na parede se aplicará a você. Eu chamarei você à eternidade, enquanto todos no céu se juntarão a mim, dizendo: ‘Louco, esta noite te pedirão a tua alma!’(Lc 12:20).
• “Buscai o Senhor, enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto. Deixe o perverso o seu caminho, o iníquo os seus pensamentos; converta-se ao Senhor, que se compadecerá dele, e volte-se para o nosso Deus, porque é rico em perdoar” (Is 55:6-7).
• Lições práticas:
1) Os prazeres carnais são passageiros e podem terminar em grande desgosto;
2) Profanar as coisas de Deus é uma terrível ofensa à santidade de Deus;
3) O juízo de Deus pode vir aos ímpios rapidamente sem que eles tenham tempo para se preparar.
4) O destino das nações e dos homens está nas mãos de Deus.
Um homem que morreu sem estar preparado para encontrar-se com Deus
Referência: Daniel 5.1-31
1. Há uma linha invisível que separa a paciência de Deus da ira de Deus. Os que persistem em andar no caminho errado cruzam essa linha invisível. Chega um dia em que Deus diz: Basta! Não há um caminho especial que conduz ao inferno. É necessário apenas permanecer, por tempo suficiente em nosso próprio caminho.
1. Um homem que testemunhou as obras de Deus dentro da sua casa, mas as desprezou
2. Um homem que desprezou o conhecimento de Deus nem lhe deu glória, a despeito de conhecer a verdade – v. 22
1. A Babilônia estava sendo tomada e o rei estava festejando – v. 2-4,30
2. O rei dá uma grande festa no dia da sua grande ruína – v. 1
3. O rei lidera os seus nobres à uma festa dissoluta, de embriaguez e sensualidade na noite do seu juízo – v. 2-3
4. O rei promove uma festa de profanação às coisas sagradas – v. 3
5. O rei promove uma festa idolátrica, ao darem louvor aos deuses fabricados por mãos humanas – v. 4
1. Deus transforma os prazeres do pecado em perturbação – v. 5-6,9
3. Deus confronta os pecadores através de servos fiéis – v. 10-17
1. Porque deixou de reconhecer que Deus, o Altíssimo, tem domínio sobre o reino dos homens – v. 18-21
2. Porque deixou de se humilhar diante de Deus a despeito de exemplo tão forte dentro da sua própria casa – v. 22
3. Porque fez um mau uso do conhecimento que recebera – v. 22
1. Deus contou o seu reino e deu cabo dele – MENE – v. 24-26
2. Deus o pesou na balança e o achou em falta – v. 27
3. Deus dividiu o seu reino e o destruiu – v. 28-31
• Naquela mesma noite, enquanto Belsazar e seus convidados promoviam o carnaval da morte, o rei Dario desviou o curso do rio Eufrates e o transpôs. Assim, invadiram a inexpugnável cidade, mataram o rei Belsazar e tomaram a Babilônia. Xenofonte e Heródoto narram a queda da Babilônia assim: “Dario desviou o Eufrates para o novo canal, e guiado por dois desertores, marchou pelo leito seco rumo à cidade, enquanto os babilônios farreavam numa festa a seus deuses”.
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