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Referência: Daniel 4.1-37 INTRODUÇÃO 1. A graça de Deus é soberana. O chamado de Deus é irresistível. Este texto nos...
A luta de Deus na salvação de um homem
Referência: Daniel 4.1-37

INTRODUÇÃO

1. A graça de Deus é soberana. O chamado de Deus é irresistível. Este texto nos mostra a luta de Deus na salvação de Nabucodonosor. Deus move os céus e a terra para levar este soberbo rei à conversão.
2. O livro de Daniel não apenas nos mostra a soberania de Deus na história, revelando que o seu Reino domina sobre tudo e todos, mas Deus também é soberano na salvação de cada pessoa.
3. Vejamos algumas lições:

I. AS INICIATIVAS DE DEUS PARA ALCANÇAR UM HOMEM

1. Colocou pessoas crentes em sua companhia (Capítulo 1) – No palácio de Nabucodonosor estavam Daniel e seus três amigos. Eles eram jovens crentes, fiéis e cheios da graça de Deus. Mas o convívio com pessoas crentes, por si só, não converte ninguém, ainda que sejam crentes excepcionais como aqueles quatro jovens (Dn 1:21).
2. Mostrou para ele que só o Reino de Cristo é eterno (Capítulo 2) – Nabucodonosor permanece ainda pagão. Está atribulado por causa do seu sonho. Está furioso com os sábios que não conseguem decifrar o seu sonho. Mandou matá-los. Só um homem sem Deus pode agir assim. Daniel falou-lhe acerca do Reino de Deus que viria e que jamais seria destruído. Nabucodonosor foi levado a contemplar a ruína de sua religião e a confessar que Deus é o Deus dos deuses (Dn 2:47). Ele ficou impressionado, reconheceu que Deus existe, chegou a reconhecer que o Senhor é o maior de todos os deuses. Mas ele não se converteu. Logo no capítulo 3 esquece de sua confissão.
3. Mostrou para ele que só Deus liberta (Capítulo 3) – Agora Nabucodonosor fez uma hedionda estátua, representando ele mesmo, e ordenou para que todos a adorassem. Perdeu sua convicção anterior que Deus é o Deus dos deuses. Agiu em direta contradição às verdades que recentemente confessara. As palavras de sua boca não alcançaram o seu coração. HOJE ISTO SE REPETE – Muita gente fica impressionada. A verdade as cativa e entusiasma. Ficam inquietas com o que ouvem. Mas não dão lugar ao Evangelho. Era esta a condição de Nabucodonosor no capítulo 3. Sua fúria de homem não convertido levou-o a jogar os três jovens na fornalha acesa. Ele teve o testemunho de fidelidade desses jovens. Ele teve a visão do Filho de Deus pré-encarnado andando na fornalha. Ele mais uma vez confessa que não há Deus que liberta como o Deus daqueles jovens. MAS DEUS É O DEUS DE MESAQUE, SADRAQUE E ABEDE NEGO E NÃO O SEU DEUS PESSOAL. Hoje, talve, Deus é o Deus da sua esposa, de seus pais, mas não é o seu Deus pessoal. Você sabe que Deus livra, salva, liberta, mas você ainda não está comprometido com ele.
4. Mostrou para ele que só o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens (Capítulo 4) – Os versos 17, 25, 32 revelam a última ação de Deus para quebrar as resistências de Nabucodonosor. Deus levou esse homem à loucura para converter o seu coração.

II. A REVELAÇÃO DE DEUS PARA ALCANÇAR UM HOMEM

1. O sonho perturbador – v. 10-18
• Uma árvore no meio da terra, cuja altura chegava ao céu e era vista até aos confins da terra. Havia nela sustento para todos e todos os seres viventes se mantinham dela. Um santo que descia do céu deu ordens para derribar a árvore e afugentar todos os animais. Mas a cepa com as raízes deviam ser deixada para ser molhada pelo orvalho do céu até que passasse sobre ela sete tempos.
• O sonho do rei tem uma aplicação pessoal clara, daí o seu temor. A mensagem central do sonho não era enigmática (v. 17).
2. A interpretação corajosa – v. 19-27
• A árvore frondosa, que cresceu, tornou-se notória, grande, poderosa, explêndida era o próprio rei (v. 22).
• A ordem para cortar a árvore vem do céu, como um decreto do Deus Altíssimo. O significado é que o rei será expulso de entre os homens para morar com os animais do campo como um bicho até que reconheça que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens (v. 25).
• Depois que o rei passar pela humilhação e quebrantamento, Deus mesmo vai restaurá-lo.
3. O cumprimento fiel – v. 28-33
• Tudo o que Daniel falou para o rei aconteceu literalmente. Nabucodonosor em vez de se humilhar, não atendeu a mais este alerta de Deus e por isso foi arrancado do trono, expulso de entre os homens para viver como um animal do campo.

III. A SOBERANIA DE DEUS PARA SALVAR UM HOMEM

1. A paciência generosa de Deus – v. 29
• Deus não derrama o seu juízo antes de chamar ao arrependimento. Deus deu doze meses para Nabucodonosor se arrepender. Deus também tem lhe falado. Ele não quer que você pereça. Ele tem lhe dado muitas oportunidades. Noé pregou durante 120 anos. Sodoma tive o testemunho de Ló. Jerusalém antes de ser levada cativa ouviu o brado dos profetas que a convocou ao arrependimento. Hoje, Deus está lhe dando mais uma chance. Cada dia é um dia de graça. É mais uma chance que Deus lhe dá.
2. A dureza do homem que rejeita ouvir a voz de Deus – v. 4,29
a) Feliz e calmo passeando no palácio a despeito do solene aviso de Deus (v. 29) – Ah! Se você pudesse perceber o perigo que se encontra a sua alma, você cairia com o rosto em terra. Você gritaria por socorro. O inferno está com a boca aberta. Há um abismo debaixo dos seus pés. Os demônios querem levá-lo à perdição. O tempo é de emergência e não de folguedo.
b) Ele exalta-se em vez de dar glória a Deus (v. 30) – “Eu edifiquei”, “com o meu grande poder”, “para a glória da minha majestade”. Ele era a causa, o meio e a finalidade de tudo que acontecia no seu reino. Tudo girava em torno da realeza imperial. A soberba precede a ruína. A auto-exaltação torna o homem cego e tolo e endurecido.
c) A prosperidade não é garantia contra a adversidade – A Babilônia era a cidade mais rica e poderosa do mundo. Ela tinha 96 Km de muros com 25 metros de largura, 25 portões de cobre. Uma imagem de Marduque no grande templo com 22.500 kg de ouro. Nabucodonosor era rei de reis, um grande conquistador e construtor. A cidade estava cheia de prédios, palácios e templos. Lá estava os JARDINS SUSPENSOS, uma das sete maravilhas do mundo antigo, construído para a sua esposa, uma princesa da Média, que sentia falta das montanhas de sua terra natal. Ele era um homem que tinha poder, riqueza e fama. Seu reino era glorioso e extenso. Mas as nações são para Deus como um pingo, como um pó, como um vácuo, como nada. O rei cairia, Babilônia cairia. Só o Reino de Deus é eterno.
3. A humilhação do homem impenitente – v. 31-33
a) Vem do céu (v. 31) – Quando o homem não escuta a voz da graça, ouve a trombeta do juízo. Deus abriu para o rei a porta da esperança e do arrependimento. Ele não entrou, então Deus o empurrou para o corredor do juízo. Deus o humilhou. O poder e a prosperidade sem o temor de Deus pode intoxicar a alma (Dt 18:11-18). O orgulho é algo abominável para Deus. Deus resiste ao soberbo. O processo de quebrantamento do homem vem do céu.
b) É repentina (v. 31,33) – A paciência de Deus tem limite. O cálice da ira de Deus se enche. Chega um ponto que Deus diz: Basta! “Falava ele ainda…”.
c) É terrível (v. 32,33) – O rei ficou louco. Deus o fez descer ao fundo do poço. Deus tirou o seu entendimento. Deu-lhe um coração de animal. Seu cabelo cresceu como penas de águia. Suas unhas cresceram como as das aves. Vivia como animal no campo, comendo capim, pastando no meio dos bois. Sua doença era chamada de Insânia Zoantrópica ou Licantropia ou Boantropia – considerar-se um animal, agir como um animal. Deus colocou o homem mais poderoso do mundo no meio dos bois. Deus golpeou seu orgulho para levá-lo à conversão. Ele passou a comer capim, a rolar no chão com os cascos crescidos. O todo poderoso Nabucodonosor virou bicho. Foi pastar.
d) É irremediável (v. 32,33) – Ninguém pôde ajudá-lo, mesmo ele sendo o homem mais rico e mais poderoso da terra.
e) É proposital (v. 27) – 1) É cheia de esperança (v. 26,32); 2) Não é vingança; 3) Visa o arrependimento (v. 27). Deus o mandou comer capim para não o mandar para o inferno. Essa é a eleição da graça, que leva o homem ao fundo do poço e depois o tira de lá. O mesmo Deus não fez com BELSAZAR que foi condenado inapelavelmente. HERODES, por não dar glória a Deus foi comido de vermes. O Deus que fére é o Deus que cura. O que humilha, também exalta.
4. A conversão do homem quebrantado – v. 34-37
• Como Deus operou a conversão de Nabucodonosor? Não foi exaltando-o, mas o humilhando. É assim que Deus converte as pessoas. Quem não se fizer como criança, não pode entrar no Reino de Deus.
• Primeiro o homem precisa ser confrontado com o seu pecado. Precisa saber que está perdido. Primeiro a lei o condena e o leva ao pó. Precisa reconhecer sua indignidade. No céu só entra gente quebrantada.
• Nabucodonosor via a glória da sua cidade. Ele tocava trombeta para si mesmo. Gostava de viver sob as luzes da ribalta. Aplaudia a sua própria glória. Deus, então, o humilhou. Jogou-o no pó. Mandou-o para o pasto comer grama. Tirou suas roupas palacianas e molhou o seu corpo com o orvalho do céu. Suas unhas esmaltadas viraram casco. Exemplo: Manassés.
• A conversão de Nabucodonosor pode ser vista através de quatro evidências:
a) Ele glorifica a Deus (V. 34) – Agora, ele olha para o céu, para cima (v. 34). A nossa vida sempre segue a direção do nosso olhar. Até agora ele só olhava para baixo, para a terra. Como aquele rico insensato que construiu só para esta vida e Deus o chamou de LOUCO. Muitos levantam os olhos tarde demais como o RICO que desprezou Lázaro. Ele levantou seus olhos, mas já estava no inferno.
b) Ele confessa a soberania de Deus (v. 35) –
c) Ele testemunha sua restauração (v. 36) –
d) Ele adora a Deus (v. 37).

CONCLUSÃO – Três lições práticas

1. Nunca devemos desistir da conversão de qualquer pessoa
• Aquele que arruinou Jerusalém, que destruiu o templo, que carregou os vasos sagrados, que esmagou a cidade, que levou cativo o povo, que adorava deuses falsos e era cheio de orgulho foi convertido.
• Aquele que manda matar seus próprios feiticeiros e também jogar na fornalha os filhos de Deus. Aquele que exige adoração à sua pessoa e força as pessoas a adorarem falsos deuses. Aquele que era o homem mais poderoso do mundo – SE esse homem foi convertido, podemos crer que não há conversão impossível para Deus.
• Creia na conversão do ateu, do agnóstico, do cínico, do apático, do blasfemo, do feiticeiro, do idólatra, do viciado, da prostituta, do homossexual, do drogado, do assassino, do presidiário, do político, do universitário, do patrão, do cônjuge, do filho, dos pais. Creia! Evangelize! O Deus que salva está no trono.
2. A razão porque você ainda não se converteu é porque você ainda não está suficientememnte quebrantado
• Você tem um elevado conceito de si mesmo. Você é muito orgulhoso para se prostrar. Acha-se muito importante ou bom para se humilhar.
• Mas é o publicano que bate no peito e chora pelos seus pecados que desce justificado. O grande perseguidor da igreja, Saulo de Tarso, só é convertido quando Jesus o joga no chão e ele cego, humilde se volta para Jesus quebrantado.
• Jesus não veio chamar justos, mas pecadores. Não veio cura os que se julgam sãos, mas o que reconhecem que são doentes e carentes.
3. Quem reluta em se prostrar vai ser quebrantado ou vai perecer eternamente
• Deus poderia tornar qualquer pessoa louca. Quem sabe como Deus reagirá à sua constante rejeição, a despeito das constantes advertências.
• Deus pode quebrar você sem que haja cura (Pv 29:1).
• Se Deus tornar você louco sem lhe restaurar, como você clamará por sua misericórdia? Se ele chamar você agora, que desculpas você lhe daria?
• Deus não despreza o coração quebrantado (Sl 51:17).
• Erga seus olhos ao céu enquanto é tempo. O homem rico o fez tarde demais. O tempo de Deus é agora. É melhor ser quebrado por Deus agora do que perecer eternamente no inferno. Reconheça hoje também a soberania de Deus na sua vida e volte-se para o Senhor!
Rev. Hernandes Dias Lopes

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