Agora, uma organização paquistanesa de direitos humanos condenou o ato e exigiu que alguém tomasse alguma atitude, pois classificaram isso como uma “violação dos direitos humanos.”
Agora, uma organização paquistanesa de direitos humanos condenou o ato e exigiu que alguém tomasse alguma atitude, pois classificaram isso como uma “violação dos direitos humanos.”
A Comissão de Justiça e Paz está conduzindo o caso e, desde que tomou essa ação, houve reclamações de que a polícia estava ameaçando a família de Hatim e também o juiz da sessão, Khawaja Mir, que decidiu transferir o processo para o Supremo Tribunal, por ser uma questão muito delicada.
Durante o depoimento de Farah Hatim, o juiz perguntou se ela havia sido sequestrada e forçada a se casar com um muçulmano. Segundo uma testemunha, Hatim ficou alguns segundos em silêncio, chorou e respondeu que ela foi por livre e espontânea vontade.
Após a audiência, Farah teve permissão de ficar por alguns momentos com sua família, e mais tarde, o irmão dela disse: “Estou muito chocado com o que Farah disse no tribunal. Ela está sofrendo ameaças e agora todas as nossas esperanças se foram; esperávamos que ela voltasse para nós. Por que temos que enfrentar isso? Porque somos cristãos.”
De acordo com uma porta-voz da Comissão de Justiça e Paz, Farah tornou-se vítima de uma rede de prostituição. Seu ‘marido’ tentou forçá-la a se prostituir, enquanto ela era uma estudante na Zaid Sheikh Medical College, mas ela não aceitou.
“Por isso, ele decidiu se vingar. A decisão de Farah de não dizer a verdade é porque provavelmente ela está grávida e seria morta se tentasse voltar para casa. Mesmo se tivesse tomado a atitude correta e dito a verdade, seria rejeitada pela sociedade, pois foi sequestrada e estuprada. O medo da rejeição é outra razão possível.”
De acordo com o porta-voz, “milhares de meninas cristãs são sequestradas e forçadas a se casar no Paquistão. Estamos tentando lutar contra essa chaga que é o sequestro e esses casamentos forçados.”
O irmão mais velho de Farah disse, com lágrimas nos olhos: “Nós não queremos que isso aconteça com as outras meninas. Nós perdemos a nossa irmã e sabemos como ela se sente. A dor é inexplicável. Estamos insistindo porque somos minoria e exigimos que o governo não abandone as minorias. “
Fonte: Portas Abertas
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