» » A Ressurreição de Cristo


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O advento da modernidade trouxe consigo o iluminismo racionalista e incrédulo, que dentro do seu ceticismo contestou várias doutrinas, entre elas a ressurreição de Cristo. O movimento reformista modernista pretendia revisar as doutrinas cristãs sob a luz das correntes filosóficas predominantes no século XIX. A chamada “Teologia Liberal” apresentou uma das mais sutis argumentações contra a doutrina da ressurreição e ainda hoje influencia muito dos seus adeptos. Os estudos sociais contemporâneos buscam um distanciamento do racionalismo iluminista moderno, mas isso não significa o retorno das crenças ortodoxas, pois enquanto esse afastamento é buscado, esses mesmos teóricos aproximam-se do relativismo e agnosticismo pós-moderno. Ou seja, enquanto os modernos diziam que não existia a ressurreição, os pós-modernos afirmam que a ressurreição existe dentro de cada coração disposto a crer, relativizando assim um conceito concreto.

Principais argumentos contra a ressurreição de Cristo

Ateus, agnósticos, “teólogos” liberais, mulçumanos e outros anticristãos argumentam com pinta de inteligência sobre a ressurreição de Cristo, tentando negar e desmerecer o ponto central do kerigma e esperança cristã. Porém, os apologistas cristãos nunca foram ludibriados pelos frágeis argumentos desses céticos. Vejamos algumas dessas teorias.


Teoria do desmaio

Alguns céticos dizem que Cristo, na verdade, não tinha morrido naquele momento, mas simplesmente desmaiado. Isso é o que afirma os mulçumanos, por exemplo. Alguns até dizem que Jesus recebeu um “remédio” que o manteve vivo (Mc 15.36) e depois, no túmulo ele se despertou. Ora, toda a história mostra que Cristo realmente morreu.

Em primeiro lugar, Jesus sofreu uma hematidrose, fruto de um estresse psicológico excessivo que fez como que ele suasse gotas de sangue (Lc 22.44). Jesus também sofre o açoitamento romano, com uma pele sensível devido à hematidrose. Esses açoitamentos consistiam em 39 chicotadas. Os chicotes possuíam tiras de couros trançadas, como bolinhas de metal amassadas e pedaços de ossos. Recebeu também espinhos na cabeça. Depois de todo esse processo, Cristo ainda carregou uma pesada cruz e foi crucificado na hora mais quente do dia. Esse sofrimento de 24 horas o levou a completa exaustão e morte, comprovada por um dos soldados romanos (Jo 19. 32-34).

Algum desidratado e abatido sobreviveria a tamanho sofrimento físico? Mesmo que depois de tudo isso, ainda acontecesse um simples desmaio, o mesmo teria saído vivo de um lugar fechado e ainda conseguiria remover uma grande pedra? Improvável. Pela improbabilidade dessa teoria, ela só surgia em meados do século XVIII.


Teoria da fraude

Os defensores dessa ideia dizem que os discípulos roubaram o corpo de Cristo. Na verdade, esse argumento é o mais velho da história (Mt 28.11-15). Essa falácia não se sustenta por algumas razões óbvias. Primeiro, os discípulos se mostraram covardes diante da morte de Cristo, quanto Cristo foi preso, todos fugiram. Ora, então por que só agora esses apóstolos se revestiram de coragem? Segundo, a tumba de Cristo estava repleta de soldados romanos. Esses soldados deixariam tal assalto acontecer e ainda ficariam impunes? Isso não tem a menor lógica. Terceiro, como mais de uma dezena de homens morreriam da pior forma possível, vivendo intensamente sob perseguição, e ainda assim permaneceriam sustentando uma mentira?Alguns defendem que os inimigos de Cristo roubaram o seu corpo. Pra quê? Sem resposta. Outra, quando os discípulos pregavam diariamente a ressurreição, por que então esses inimigos não apresentaram o corpo do Jesus morto?


Teoria da alucinação

Esse é o pior e o mais ridículo dos argumentos. Para seus apologistas, todos os discípulos e seguidores de Cristo (que passavam de quinhentas pessoas) sofreram uma alucinação coletiva. Uma ou duas pessoas alucinadas é até compreensível, mas centenas delas é uma brincadeira com a razão.

Teoria do túmulo errado

Teoria desenvolvida por Kirsopp Lake, dizia que as mulheres foram para a sepultura errada. Em primeiro lugar, ali era a sepultura de José de Arimatéia, portanto, o mesmo poderia indicar a localização exata. Outra, os romanos e sacerdotes poderiam também mostrar o verdadeiro túmulo. Lake usou simplesmente de uma criatividade semelhantes aos seus netos na pré-escola.

Argumentos sutis da “teologia” liberal e de outras correntes modernas para negar a ressurreição

Alguns correntes defendem argumentos carregadores de linguagem piedosa e até cristã, mas não passa de uma completa distorção do Evangelho de Jesus Cristo. Enquanto as teses apresentadas acima são mais ouvidas no meio secular, as teses que agora serão apresentadas estão presentes no discurso de alguns líderes religiosos.

A ressurreição foi um evento simbólico, mas não histórico

As Escrituras claramente colocam a ressurreição como um evento histórico. O texto de Paulo aos coríntios é um exemplo claro disso (I Co 15). O bispo anglicano David Jenkins diz que a garantia da ressurreição de Cristo não é um sepulcro vazio, mas sim a presença do Senhor na vida dos discípulos. Engana-se Jenkis, pois o sepulcro vazio e a crença na ressurreição estão intimamente ligados. Como disse Charles K. Barrett: “A fé… seria destruída pela descoberta do corpo morto de Jesus, mas não é criada apenas pela descoberta de um sepulcro vazio”.

Sem historicidade, a ressurreição perde o seu sentido bíblico, que é a preeminência da ressurreição no final dos tempos de todos os salvos.

A ideia de ressurreição é simbólica, pois é uma exata cópia das crenças presentes na época

Igualmente falsa é essa ideia de que a ressurreição de Cristo seja uma doutrina copiada pelos apóstolos e aplicada na cristandade como simbologia de esperança. Muitas seitas da época acreditavam em ressurreição, até como o próprio judaísmo, mas nada era parecido com a radicalidade e heterodoxidade apresentada pelos cristãos. Primeiro, a crença dos cristãos era e é de uma ressurreição com o mesmo corpo, permanente e glorificada. Não tem lógica que os cristãos simplesmente compraram uma utopia de outras religiões e aplicaram para si. Lembrando que a ressurreição era o coração da pregação cristã, eles morrerem defendendo isso como uma verdade literal.

A ideia de ressurreição é a cópia de mitos pagãos (gnósticos)

Muitos apelam para os supostos mitos das religiões antigas que apresentam um herói morto e ressuscitado. O influente antropólogo inglês, James George Frazer, defendia que os autores do Novo Testamento simplesmente copiaram os mitos do herói morto e ressuscitado. O teólogo alemão Rudolf Bultmann dizia que os relatos da ressurreição é influência da mitologia mandeísta. Ambos usavam esse argumento para desqualificar a crença na ressurreição.

O engraçado é que na história da mitologia antiga, não há sequer um único personagem mitológico onde esse mito do “herói ressuscitado” seja aplicado. O Novo Testamento relata as datas, o lugar e as testemunhas da ressurreição, e esse tipo de dados não era aplicados em narrativas mitológicas. Sendo assim, não há paralelo na mitologia quanto ao que os cristãos fizeram no Novo Testamento.

O famoso escritor anglicano C. S. Lewis, um verdadeiro especialista em mitos, dizia que não existia relação alguma entre a mitologia pagã (gnóstica) com os Evangelhos.

Outro fato engraçado, é que os mitos do “herói ressuscitado”, que foram explorados por Frazer e Bultmann são oriundos de um período posterior aos escritos do Novo Testamento. Então, pela lógica do tempo, quem poderia ter influenciado eram os escritores neotestamentários, e não o contrário.


Conclusão

Encerro esse texto com as enfáticas palavras de Paulo:

E, se Cristo não foi ressuscitado, a fé que vocês têm é uma ilusão, e vocês continuam perdidos nos seus pecados. Se Cristo não ressuscitou, os que morreram crendo nele estão perdidos. Se a nossa esperança em Cristo só vale para esta vida, nós somos as pessoas mais infelizes deste mundo. Mas a verdade é que Cristo foi ressuscitado, e isso é a garantia de que os que estão mortos também serão ressuscitados. (I Co 15.17-20 NTLH)

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