» » O seu nome não é “Já”!

O Evangelho de Jesus deve ser pregado com simplicidade? Sim.

Muitos pregadores e ensinadores da Palavra abusam do uso de termos originais em grego e hebraico? Sim.

Os termos originais bíblicos devem ser desprezados em razão do uso indevido que alguns pregadores e ensinadores fazem? Não.

Quando pregadores ou ensinadores afirmam publicamente que os termos originais bíblicos devem se desprezados, incorrem no erro de provocar um constrangimento em estudantes e professores de teologia, em outros pregadores e ensinadores que lidam com seriedade e equilíbrio com a questão, além de promover o descaso com um assunto tão sério entre os mais simples na fé.

O interessante é que estes mesmos pregadores acabam sendo vitimados por sua “radical” posição. Por exemplo:

Ao tentar falar da possibilidade da “ação imediata de Deus”, utilizam geralmente a seguinte expressão:

“A Bíblia diz que o seu nome é Já”. A Bíblia diz isto? Em qual texto?

O fato é que o Salmo 68.4 (e outros textos), nas versões mais antigas da Bíblia foi traduzido da seguinte forma:

“…pois o seu nome é JÁ”.

Observe que nas traduções mais antigas o termo foi traduzido com as duas letras (J e A) na forma maiúscula.

JÁ é uma forma contraída de Yahweh (um dos nomes de Deus no hebraico). O termo ocorre muitas vezes no Velho Testamento. Esta forma contraída entra na composição de diversos nomes próprios bíblicos, e na formação da palavra Aleluia, que significa “louvado seja Yah” (Sl 150.1,6).

Nas versões mais recentes a tradução JÁ, JÁH ou YAH foi trocada por “SENHOR” (ARA) e “JEOVÁ” (ARC);
“Cantai a Deus, salmodiai o seu nome; exaltai o que cavalga sobre as nuvens. SENHOR é o seu nome, exultai diante dele.” (Sl 68.4, ARA)

“Cantai a Deus, cantai louvores ao seu nome; louvai aquele que vai sobre os céus, pois o seu nome é JEOVÁ; exultai diante dele.” (Sl 68.4, ARC)

Deus faz as coisas “Já” se quiser? É claro que sim, mas, não é isto que os textos onde aparece a contração “JÁ”, “JÁH” ou “YAH” significa.

Desprezar a simplicidade na transmissão da Mensagem de Deus é insensatez.

Desprezar a importância dos termos originais é irresponsabilidade exegética e hermenêutica (ou para não “complicar”, irresponsabilidade na interpretação bíblica).

Trato este fato publicamente, pois é de forma pública, e através de muitos que estas afirmações são feitas (não se trata de nada pessoal, direcionado a uma única pessoa). Respeito também o estilo de cada um, pois Deus usa quem quer, da maneira quem bem quer. Não é de “estilos” que estou falando, mas, do conteúdo da mensagem. Não de “formas de pregar”, mas, da essência da pregação.

Espero com este post colaborar para uma mudança de entendimento e posicionamento dos tais mensageiros, sobre o que está em questão.

Não tenho em meu coração nada contra a pessoa destes pregadores e ensinadores, tenho sim, é compromisso com Deus e com a sua Palavra.

Para estes amados companheiros desejo o sucesso e o crescimento ministerial, na mesma proporção em que respeitarem a diversidade de seu público ouvinte, pensarem no “peso” de suas afirmações e entenderem as complexidades do Texto Sagrado.

Por favor, me suportem em meu zelo e indignação!

Orem por mim.

About Missao do Milenio

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