Cidade de Jos, no norte do país, foi palco de massacre entre muçulmanos e cristãos
Um confronto étnico-religioso ocorrido neste domingo (7) perto de Jos, no norte da Nigéria, deixou pelo menos 500 mortos, informou nesta segunda-feira (8) o porta-voz do governo do Estado de Plateau, Gregory Yenlong.
Segundo testemunhas, religiosos muçulmanos da etnia fulani, armados com revólveres, metralhadoras e machados, invadiram as casas das cidades de Dogo Na Hauwa, Ratsat e Jeji e mataram todos que encontraram pela frente, incluindo mulheres e crianças.
Acredita-se que o massacre, ocorrido a menos de 2 km da casa do governador de Plateau, Jonah Jang, tenha sido a resposta dos muçulmanos aos confrontos religiosos com cristãos em janeiro, que deixaram 326 mortos. O incidente foi considerado por membros da própria etnia fulani como uma ação organizada para assassinar os cristãos.
O Governo de Plateau anunciou um funeral coletivo para as vítimas. O presidente interino da Nigéria, Goodluck Jonathan, reuniu-se com as agências de segurança do Estado e afirmou que os soldados estão em alerta vermelha.
O massacre aconteceu mesmo com a imposição de um toque de recolher, que vigora na região das 18h às 6h desde janeiro passado.
Acredita-se que o motivo dos enfrentamentos na região seja a luta pela exploração de terras de cultivo entre cristãos e animistas, de um lado, e religiosos muçulmanos fulanis, do outro.
Os conflitos envolvendo cristãos e muçulmanos na Nigéria deixaram mais de 12 mil mortos desde 1999, quando foi implantada a "sharia" (lei islâmica) em 12 estados do norte do país.
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Confronto religioso mata 500 pessoas na Nigéria
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