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Equipe Redação IPDA

“Meu filho adolescente dá muito trabalho!”

“Por que adolescentes são tão rebeldes?”

“Meu filho não é um ‘adolescente’: é um ‘aborrecente”!

Talvez você já pronunciou ou, até mesmo, pensou o conteúdo das frases supracitadas. Afinal, elas são muito comuns, pois está impregnado um conceito na mente humana que ser adolescente é sinônimo de: rebeldia, revolta, desobediência, perversão, desordem, violência, desonra, preguiça e uma lista enorme de adjetivos taxativos de caráter extremamente negativo.

Será que é correto declararmos, de maneira generalizada, que lidar com adolescentes é terrível e que todos eles são rebeldes ao extremo? É impossível conviver de maneira saudável com eles?

Em primeiro lugar, vamos compreender o que significa o termo “adolescência”, o que é ser “adolescente”. Quando uma pessoa está “adolescendo” significa que ela se encontra em uma fase que antecede o vir-a-ser da fase adulta. Entretanto, não podemos simplesmente desconsiderar essa fase, como se não houvesse a necessidade de concedermos a devida importância a ela, e só realmente tratar uma pessoa e/ou conceder atenção com seriedade quando ela chegar ao degrau da vida adulta.

Precisamos subir todos os degraus para chegar ao topo da escada: se tirarmos algum, desestrutura e elimina a escada. Portanto, a adolescência é um dos degraus de desenvolvimento do ser humano - o qual é imagem e semelhança do Deus Vivo – contribuindo para que ele prossiga nessa vida terrena, até alcançar a vida eterna.

Reflitamos sobre as seguintes analogias:



- Todas as fases da Lua são importantes;

- Todas as fases de uma semente que será fruto são importantes.



Logo, todas as fases do desenvolvimento humano são importantes! Porque é critério do Criador: Ele estabeleceu todas estas fases pois, mediante a Sua soberana sabedoria, sabe o que é necessário modificar, acrescentar, reestruturar em cada fase.

Vejamos: carinho, aconchego, colo, “segurança” extrema. A maioria das crianças encontra um apoio total de seus pais, de modo que são consideradas estritamente dependentes deles. Mas... daqui a pouco, ela se vê diante de transformações nunca imaginadas:



- Físico: há mudanças em seus órgãos genitais e, detalhando aspectos individualizados, podemos considerar que nos meninos: a voz adquire um timbre mais grosso, os ombros ficam mais largos, começa a nascer barba; nas meninas: a voz fica mais fina, os quadris ficam mais largos, os seios crescem, entre outros aspectos;



- Intelectual: a mente da criança começa a compreender conceitos mais abstratos, a capacidade de imaginação se acentua.



E, em meio a essa mudança toda, está imerso um ser que outrora era uma criança, cujos hormônios não eram tão desenvolvidos e ela não enfrentava tanta transformação como agora! O que podemos esperar? Obviamente, o que acontece: sentimentos de insegurança, medo de encarar essa nova fase da vida. Para algumas coisas, os adultos argumentam que ele não é mais criança para fazer; para outras, argumentam que ele ainda não é adulto! “O que eu faço, então?”, “Quem eu sou?” e outras indagações internas são frequentes! É nessa fase que a atitude dos pais para com os filhos deve ser repleta de amor, carinho, compreensão, atenção, o que não justifica que não se estabeleça limites.

A pessoa que está na adolescência sempre apresenta conflitos e os pais devem estar cientes da existência deles, assim como começar a olhar os seus filhos com um olhar mais aprofundado. Deus conhece todos os Seus filhos, com a Sua onisciência. E os pais terrenos, com o discernimento concedido pelo Pai Eterno, devem, sim, observar os seus filhos constantemente e tentarem entender o que eles estão enfrentando.

Uma pergunta que deve ser feita no cotidiano pelos pais aos seus corações: “Qual é o motivo daquela atitude do meu filho?” Lembre-se de que, quando uma pessoa apresenta uma febre, o foco não deve ser somente eliminar os sintomas, mas saber a origem deles! Se você tomar um analgésico, os sintomas podem ser abrandados, mas rapidamente podem retornar, o que pode provocar um “círculo vicioso” de ingerir medicamentos. Todavia, se você procura um médico, este pode solicitar exames, até descobrir a profundidade da inflamação etc.

Assim é com o comportamento do seu filho: peça a Deus sabedoria para você conseguir descobrir a profundidade do problema apresentado por ele! Lute por isso, afinal, seu filho é um presente de Deus: “Eis que os filhos são herança do SENHOR, e o fruto do ventre o seu galardão” (Salmos 127.3). Mas, claro, procure entender quais os problemas mais comuns nessa fase, a fim de que Deus conceda o discernimento para você referente a sua compreensão previamente adquirida, pois “A sabedoria é a coisa principal; adquire pois a sabedoria, emprega tudo o que possuis na aquisição de entendimento”(Provérbios 4.7).

Veremos resumidamente alguns dos principais conflitos que permeiam a polêmica fase do desenvolvimento humano chamada “adolescência”:



Inferioridade: É comum o adolescente se sentir “complexado”: “Ah, o meu nariz é grande”; “Por que a minha orelha é tão desproporcional?”; “De novo: mais uma espinha!”. Observe se seu(a) filho (a) apresenta demasiadamente sentimentos de inferioridade em relação aos seus irmãos e amigos. Em caso positivo, procure estimular o lado positivo dele, faça elogios com sinceridade. Nunca fique “batendo na tecla” de seus defeitos incessantemente! Isso pode somente acentuar a situação e estes sintomas podem ser levados para a vida adulta. Lembre-se de que:”Vós, pais, não irriteis a vossos filhos, para que não percam o ânimo”; (Colossenses 3.21).





Desatenção e Fracasso Escolar: Por vezes, você percebe que o seu filho apresenta muito mais desatenção do que atenção. Você está falando com ele, e ele está tão “distante”... Chega na escola, e os professores de seu filho afirmam que ele “viaja” na aula. Ora, sabemos que a adolescência é fase de “devaneios”, de “sonhos”, de estabelecer “projetos”, “fazer planos”, mas sabemos que tudo exagerado é sinal de que algo não está bem. Portanto, para estes casos, é necessária a ajuda de um profissional, para que, juntos, possam investigar a causa da desatenção e procurar melhoria neste aspecto. Lembre-se: “o cordão de três dobras não se quebra tão depressa” (Eclesiastes 4.12).

Ansiedade e Estresse: A fase da adolescência é caracterizada, também, pelo desejo de autonomia. Agora, o adolescente quer expressar a sua “independência”. Todavia, sabemos que, muitas vezes, essa ideia de que é “independente” é ilusória: ele necessita do apoio dos pais. E este conflito de “meio criança” e “meio adulto” pode provocar ansiedade no adolescente. Além disso, nessa fase, ele provavelmente se virá prestes a escolher qual profissão escolher. Ajude os seus filhos a focar os seus pensamentos de forma que a ansiedade não se intensifique e ele se sinta estressado. Contribua para que ele compreenda, internalize e tenha esta admoestação bíblica como prática de vida: “Lançando sobre Ele toda a vossa ansiedade, porque Ele tem cuidado de vós” (I Pedro 5.7).





Depressão: Pais, fiquem atentos: seu filho, na presença de vocês, pode se apresentar com um sorriso, uma risada, uma gargalhada; mas, interiormente, ele pode estar vivenciando um conflito tão intenso, culminando na depressão. Contudo, ao contrário dos adultos, nem sempre o adolescente demonstra um aspecto desolado, a ponto de outras pessoas identificarem a depressão! É mais comum que fique visível que ele esteja sofrendo quando a depressão está com um grau muito elevado. Por isso, fique atento: tente observar o comportamento de seu filho quando ele está sozinho em um ambiente. Qual é o semblante dele? É de tristeza? É de angústia? É de desamparo? É de agonia? É de desespero? Se você perceber algum desses, não significa que ele esteja sofrendo com depressão, mas serve como um sinal para que você lhe dê a atenção necessária, a fim de que descubra o que está se passando com ele. Se for algo constante, não hesite: ore e procure ajuda. Todavia, o seu apoio continuará sendo imprescindível, é o apoio humano primordial: caminhe lado a lado com o seu filho, auxiliando-o a descobrir e declarar que “(...) quando estou fraco então sou forte” (Coríntios 12.10).

Nunca se esqueça dos princípios que devem reger o seu relacionamento com o seu filho adolescente, dentre os quais:



1 – Amor e Correção: busque amar o Seu filho com reflexo do amor de Cristo: em todo tempo, Ele ama; todavia, isso não O impede de corrigir os Seus filhos! Não corrija o seu filho de maneira áspera, com afrontas. Sente-se com ele, olhe em seus olhos, transmita a mensagem de que ele é importante para você, de que você está disposto (a) a compreendê-lo. O adolescente precisa de amor, carinho, compreensão e sentir segurança em você! Não é porque ele não é mais criança, que a sua atenção não será mais direcionada para ele!



2 – Compreensão e Atenção: esta dupla é eficiente em relacionamentos! Lute, invista para que seu relacionamento com seu filho seja amigável. Vocês devem ser amigos! Mas como conseguir isso? Pode ser difícil, mas não é impossível: tente entender o “mundo” do adolescente. Às vezes, os pais não “acompanham” a evolução dos tempos modernos... Acompanhe o desenvolvimento de seu filho na escola. Saiba do que ele gosta. Promova situações para que ele se sinta confortável e valorizado dentro do lar.



3 – Apoio Espiritual em todo o tempo: sem este apoio, todas as outras tentativas de ajuda não serão eficazes! Afinal, com Jesus em nossas vidas, tudo vai muito bem!

Você deve estimular no seu filho o prazer de orar, de ler e ouvir a Palavra de Deus. Adquira materiais evangélicos que o auxiliem. Por exemplo: em vez de gritar com o seu filho porque ele ouve rock, o qual transmite mensagens satânicas, de violência, de tragédia etc., compre um livro que explique de forma dinâmica sobre isso e/ou mostre a ele um testemunho de um ex-roqueiro que atualmente seja um servo de Deus. Posteriormente, sente-se com ele e promova uma discussão, pergunte a sua opinião sobre o livro que leu.

O adolescente sentirá que você se importa com os seus sentimentos, com as suas opiniões, que se importa com os seus pensamentos. Dessa forma, sentindo-se valorizado, ele estará mais pronto para ouvir a voz de Deus e a sua.



A juventude de hoje está cada vez mais avançando no conhecimento. Então, procure se informar, a ler as Escrituras e conhecer o que está acontecendo no mundo em vários aspectos para obter respaldo na argumentação com o seu filho. Não diga um “não” oco, diga um “não” com base nas Escrituras e nos bons costumes apregoados pelos profetas do Deus Vivo e Eterno! Apresente ao seu filho um Deus sublime, um Deus que, mesmo sendo o Todo-Poderoso, Ele ainda nos dá oportunidade de sermos amigos dEle! Não será necessário “forçar” o seu filho a ir à igreja, se diariamente você estimulá-lo a isso por meio de seu relacionamento com Cristo e as suas atitudes dentro do seu lar. Sempre é bom lembrar que se você não faz alguma coisa e fala para o seu filho fazer, há uma incoerência a qual certamente ele alegará! Busque a Deus, de modo que a família toda proclame de forma uníssona e harmoniosa: “Eu e minha casa serviremos ao SENHOR” (Josué 24.15).



“Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece” (Filipenses 4.13). Portanto, com Jesus, você pode, sim, compreender o seu filho plenamente e conviverem em harmonia! “Oh! quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união” (Salmos 133.1).

About Missao do Milenio

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