» » O dia que escapei da morte!


Nem todo mundo gosta de falar do seu passado, ainda mais quando ele não nos oferece boas lembranças que mereçam ser contadas. E por isso mesmo eu não gosto de falar do meu!(…), devo admitir que meu passado é vergonhoso e não serve de bom exemplo a ninguém, mas mesmo eu não gostando, vou falar um pouco dele a você.

Nasci em Israel, fui criado nos subúrbios da cidade de Jerusalém, logo na minha infância tive minhas primeiras experiências com pequenos crimes, e foi num ambiente de pobreza e violência que foi formado o meu caráter, ou melhor, foi nesse lugar que não se formou um bom caráter em mim, muito embora eu tenha conhecido gente que me serviu de bom exemplo, uma dessas pessoas foi um jovem israelita que tive contato uma vez, mas vou falar dele mais pra frente.

De pequenos delitos como eu disse, fui cada vez mais me envolvendo em coisas erradas, roubo era mais que uma necessidade minha, sinto que eu era motivado a fazer isso pela índole de maldade que havia em mim e isso me levou cada vez mais a caminhos errados.

E como alguém já falou, um abismo chama outro abismo! Meus atos foram aumentando e com eles a intensidade da maldade, e com isso aumentou também a minha fama de mau elemento na região onde eu morava.

As autoridades locais já me conheciam muito bem, foram muitas as vezes que criei problemas pra eles, enfim todo o povo da minha cidade conhecia não somente o meu nome mas também as coisas erradas que eu praticava. Lembro que os religiosos passavam por perto de mim e fingiam não me conhecerem, na verdade eu sei que me conheciam muito bem, mas a religião do meu povo nunca se importou com gente da minha classe, quer dizer, lembro somente um dia que lembraram que eu existia(…) E sobre esse fato eu quero falar algumas coisas.

Houve um determinado dia que eu e alguns amigos, nos metemos num problema sério, sempre me dei bem nos crimes que pratiquei, mas aquele dia foi diferente, cometemos um homicídio.

E por eu ser o mais conhecido do bando, fui preso e por conta disso passei maus bocados na prisão.

Somados a esse crime, pesavam sobre mim uma serie de acusações, e eu sabia que não teria como escapar disso, a lei no meu pais é muito severa pra quem comete homicídio, e no final de um julgamento feito o meu, pena de morte seria a coisa mais certa para o meu caso.

Na prisão nunca criei expectativas de otimismo em relação ao meu futuro, sempre esperei o dia que eu seria chamado para enfrentar minha condenação de morte, toda vez que eu via um preso nas mesmas condições minhas ser buscado na cela, era um pouco de mim que morria por antecipação, os gritos do condenado e as tentativas frustradas de se livrar das algemas nos pés e nas mãos faziam aqueles miseráveis sofrerem ainda mais, e por isso uma coisa eu sempre pensava; O dia que vierem me buscar enfrentarei sem relutar, deixarei pra sofrer só na hora da morte, então sempre esperei dessa forma, mesmo que isso muito me assustava.

Um dia muito cedo, antes do nascer do sol, se repetiu o que eu já estava acostumado a ver, os guardas entraram pelos corredores da prisão para buscar algum prisioneiro, certamente era dia de execução, mas a forma que eles chegaram daquela vez foi diferente dos demais dias que faziam isso, estavam em silencio, mesmo sem abrir os olhos notei que seus passos se aproximavam de minha cela, depois de um breve silencio, o susto;

Era nas barras de ferro da minha cela que batiam para me acordar.

Meu sangue gelou, senti um gosto amargo em minha boca, enfim havia chegado a vez e a hora que mesmo sem desejar eu sempre esperei. Abri meus olhos e firmei meu olhar na parede da cela, como se isso fosse a despedida de um lugar que mesmo sendo o pior local pra se viver, ainda assim eu escolheria ficar ali do que ter que enfrentar a pena de morte.

Ao me colocar em pé, o silêncio foi novamente quebrado por uma voz firme e autoritária;

-Sai dessa cela e nos acompanhe! Meus passos iniciaram uma saída rápida daquele lugar, os soldados estavam agitados, algumas pessoas gritavam fora do local onde estávamos, eu não entendia bem o que estava acontecendo, até chegarmos perante a autoridade que pronunciaria a sentença.

Foi nesse momento que me deparei com o jovem israelita que citei anteriormente, e nesse mesmo momento uma surpresa que jamais entendi o motivo, Ele era um homem novo, estava abatido e machucado, suas roupas rasgadas e manchadas com sangue denunciavam que havia sofrido agressões sem piedade, mas o que mais me marcou foi o olhar, um olhar profundo, que mesmo em silêncio falava alto, e despertou em mim um sentimento que jamais imaginei sentir, mesmo não o conhecendo pensei comigo, como podem fazer sofrer um homem de parecer tão bom?

Foi nessa hora que ouvi alguém me perguntar;

-Seu nome é Barrabás? – Sim respondi apressado!

-Então saia por aquele portão, você esta livre! Esse homem ira morrer em teu lugar.

Não me falaram o nome daquele bondoso homem, mas durante o dia eu pude acompanhar de longe o sacrifício da morte em cruz que Ele enfrentou, e só depois de crucificado descobri seu nome, mas o mais assustador para mim foi quando li o que escreveram acima da sua cabeça pendurado no madeiro;

Estava escrito; “Jesus Nazareno, O rei dos Judeus”.

Era incrível, mas meu próprio Rei morria crucificado em meu lugar.

Veja o vídeo da Canção Barrabás por Anderson Barony

por Eliseu Soares articulista do Gospel Prime

About Missao do Milenio

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